quinta-feira, 14 de abril de 2011

Jaqueline recebeu outro repasse de R$ 30 mil a R$ 50 mil, diz Durval

Leandro Colon, de O Estado de S.Paulo


O delator do esquema de corrupção no Distrito Federal, Durval Barbosa, disse ao Ministério Público que fez um outro repasse entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, ”a título de propina”, para a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), além dos R$ 50 mil entregues no vídeo revelado pelo portal Estadão.com.br no dia 4 de março. Segundo Durval, esse novo repasse foi feito ao marido de Jaqueline, Manoel Neto, a pedido da própria deputada. Os valores foram entregues dias depois da gravação do vídeo, relata o depoimento: “Em outra oportunidade, em data que não se recorda, Manoel Neto, representando Jaqueline Roriz, compareceu ao gabinete do depoente, oportunidade em que recebeu entre R$ 30.000,00 e R$ 50.000,00 das mãos do depoente”. “Valores que também haviam sido recolhidos junto aos prestadores de serviço de informática do governo”, informa Durval.

As declarações foram dadas no dia 13 de janeiro ao Ministério Público do DF e integram o inquérito da Polícia Federal, cujo teor o Estado teve acesso nesta quinta-feira, 14. A gravação do vídeo e o outro repasse, segundo Durval, ocorreram em setembro de 2006, durante a campanha eleitoral daquele ano. No depoimento, Durval diz que o dinheiro entregue a Jaqueline são “valores recolhidos a título de propina”. Em recente entrevista ao Estado, o delator do esquema do DF repetiu essa afirmação e disse que os recursos eram “sujos”.

O famoso vídeo, diz Durval, foi encontrado por um antigo assessor entre 30 e 31 de dezembro de 2010 e entregues no dia 2 de janeiro deste ano ao Ministério Público. O delator afirma que o vídeo estava até então “desconhecido”. O inquérito da PF deve ser transferido nos próximos dias ao Conselho de Ética da Câmara, onde Jaqueline sofre um processo de cassação.

Ele conta no inquérito da Polícia Federal que, além dos vídeos, entregou aparelhos de rádio pertencentes ao governo do DF para Jaqueline usar na campanha. “Esses valores e os equipamentos repassados a Jaqueline Roriz foram retribuição determinada pelo então candidato José Roberto Arruda”, diz Durval. Em troca do dinheiro e dos rádios, Jaqueline se comprometeu, segundo Durval, a não pedir votos para a adversária de Arruda naquela campanha, Maria Lourdes Abadia. Além dos recursos e dos equipamentos, ela também recebeu o direito de indicar um aliado para um cargo no governo Arruda.

Fonte: Sítio do Estadão, 14/04/2011

Um comentário:

  1. Roriz, Collor, Sarney, Barbalho, Calheiros e tantos outros políticos "de bem".
    De bem com a vida particular, em detrimento da vida do povo.
    De bem com o bolso próprio, em detrimento do sistema de saúde público.
    De bem com os "sem-noção" de cidadania, de ser humano (no sentido de sua existência).
    Bando de assassinos!!!!!!!!

    ResponderExcluir